sábado, 23 de julho de 2011

Sem nome nº4: Eu e Neil Gaiman

Quem me conhece sabe que Neil Gaiman é um dos poucos escritores que admiro e me considero fã... Bem, da minha lista ele é o único vivo.


A verdade é que sou bem chata quanto a isso, só gosto daqueles que falam ao meu coração e o Neil conseguiu isso em cada linha que escreveu, em cada palavra que anotou. As vezes sinto que ele escreveu aquilo para mim, que ele me conhece mais que a eu mesma.


Descobri o Neil Gaiman em 2007 (eu o descobri pois nunca ninguém havia me falado da existencia dele), nessa época ele já era conceituado lá fora mas nunca havia ouvido falar dele. Na verdade, ele não veio a mim, assim de primeira, ele mandou uma mensageira, uma 'menina-de-recados', seu nome era Morte e era irmã do Sandman, o rei do Sonhar, Morpheus (já falei dele aqui algumas vezes). Ela veio a mim em um momento bem delicado, veio como quem não quer nada, olhou, sorriu e me mostrou um novo mundo. Um mundo que eu me encaixava. Desde desse contato vi que eu e a Morte eramos quase irmãs.


Fiquei curiosa, geminianas são assim, em saber mais sobre o cara que criou aquela mulher e aí sim, cheguei nele, Neil Richard Gaiman. Assim que vi uma foto dele, notei uma semelhança, o gosto pelo preto. Em todas as fotos que encontrei dele, sempre estava com vestes negras... Eu só me lembro de ocasiões em que também vestia preto, estava de preto quando a Morte veio 'conversar' comigo. Pesquisei sobre ele e seus trabalhos, encontrei vários prémios e um jeito particular de escrever, foi aí que decidi que iria comprar um livro dele, aquele em que a 'menina-de-recados' estava: Sandman.


Infelizmente não o achei em canto nenhum e os que achei eram bastante caros. Resolvi fazer o download mas até isso era complicado na época. Tive que deixar isso encostado em um canto juntando um pouco de poeira até encontrar um jeito de ler as histórias. Lembro-me dessa época estrear o filme chamado 'Coraline', também de autoria dele. A menina cujo o no seu mundo as pessoas tinham olhos de botão e eram como ela queria.


No Natal de 2010, meu primeiro natal com um namorado de verdade, Igor resolveu me fazer uma surpresa que até hoje tenho muito ciúme.Finalmente em 2010, 3 anos após começar a 'namorar' as histórias de Morte e seus irmãos,consegui ter meu primeiro Sandman. o Absolut Sandman ou Edição Definitiva como saiu aqui no Brasil. Foi um dos momentos de maior emoção que senti em alguns meses, talvez anos. No dia dos namorados fui brindada com mais um volume dessa coleção. Volumes que devorei, se demorei muito, em 3 dias cada. 


Sandman continuava e continua sendo a minha paixão. De 2007 para cá, li quase todas as histórias e tenho acompanhado mais de perto a carreira de Neil Gaiman, seja pelo seu blog ou pelo twitter. Porém a cada dia mais me apaixono pelo livro que leio, me apaixono pelas 'Coisas Frágeis' que de tão frágeis que são se tornam fortes.


Senhor Neil Gaiman, se um dia ler esse meu relato de como me apaixonei por você, por favor, nunca pare de escrever. Nunca.  


Obs: A foto da Morte, acima postada, foi a primeira que imagem da personagem que eu vi e é a que, um dia, irei tatuar em mim.

1 comentários:

Raquel Moritz disse...

"Nunca pare de escrever." ♥
Tomara que ele leia isso. :)

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