quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Eu li:Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa da Carol Rifka Brunt


Sobre o livro:

Título: Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa 
Título original: Tell The Wolves I'm Home
Autor: Carol Rifka Brunt
Editora: Novo Conceito
Quantidade de páginas: 464

Sinopse:
1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo. Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la. À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June. 'Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa' é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.


June tem 14 anos, não tem amigos, crê que sua irmã Greta de 16 anos a odeia, seus pais estão bastante ocupados para prestar atenção nela e gostaria de viver na Idade Média onde poderia usar suas botas e seu vestido gunne sax sem problemas. Seu melhor amigo, que era seu tio, faleceu e, depois de várias maldades de Greta, ela percebe que não sabe nada sobre a vida e seu tio. Ela sabia da doença do tio mas não sabia quem tinha transmitido para ele ou se o tio tinha outra pessoa além dela, assim, no funeral, ela finalmente descobre o 'assassino' de seu tio. Toby é inglês, alto, desajeitado e esconde algo que só os pais de June e Greta sabem e por isso, o odeiam mais ainda. Um belo dia após o funeral de Finn, Toby visita June disfarçado para lhe entregar um pacote com um bule russo que ela conhece tão bem com um bilhete, pedindo para se encontrar para ele contar o que realmente aconteceu mas ela não pode dizer aos pais sobre isso. Depois de muita dúvida, June resolve se encontrar com ele e começa a viver uma vida dupla onde ela descobre um novo amigo que a conhece a anos sem ela saber. Toby mostra a June que ela não é a única que sente falta do Finn, já que ele era seu 'amigo especial'. E assim, June parte para sua segunda vida, uma vida escondida onde ela encontra com o homem que toda a sua família diz ser mal e que odeia... Mas ela não o ver dessa maneira, ver nele uma parte do seu tio e é uma parte que ela não quer perder. Depois de alguns encontros ela se ver, realmente, gostando do Toby do jeito que ela gostava do Finn.

Diga aos Lobos foi um belo achado para mim, sentia falta de um livro que me prendesse do jeito que esse me prendeu. Rapidamente me identifiquei com a historia, pois perdi meu tio-padrinho para uma doença que ainda não tem cura, assim como June perde o Finn e fui em busca de coisas que me fizessem lembrar dele, pois não queria que ele fosse embora completamente.

O livro mostra a jornada de uma garota em auto conhecimento e aceitação da morte de alguém querido e de descobrimento de uma nova amizade com alguém que ela nunca imaginou conhecer. Infelizmente, esse não é um livro para se ler enquanto se está triste pois ele trás essa sensação de peso que a própria June está passando. A autora faz um ótimo trabalho passando para o leitor essa sensação de peso mas que prende para saber se a June vai conseguir recuperar os fragmentos do Finn em Toby ou se Greta irá surtar ou algo inesperado irá acontecer. Apesar de ser bem linear, ele tem algumas side stories interessantes como a de Greta e da sua mãe com seu tio, e há momentos que fazem os olhos encherem de lágrimas pensando o que poderá acontecer com esse 'casal' tão diferente e ao mesmo tempo tão igual entre si. E, ao decorrer do livro, a capa irá fazendo cada vez mais sentido.

Quem já passou por uma situação parecida irá se identificar com June e Toby nessa jornada e quem, também curtir essa temática irá se interessar pelo livro.

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